terça-feira, 15 de outubro de 2013

O Bote

Naquele momento, aguardar já ultrapassava de, esgarçar o tempo e viraria rompimento.
Então te vi emergir com a aurea umedecida. Corajoso, eu fui com as mãos, descortinando o vapor que o corpo quente reproduzia.
Estávamos a perder de vista conjecturando um dialeto em gestos partiturados sob o silêncio.
Mal veio o passar dos dias e buscando teus segredos descobri a poesia que desenhou nosso enredo.
Pulsei toda escrita, depois, lancei arteiro;
agora se encontra em mar-aberto o coração assustado e sem freio.

Ditto Leite 16/10/2013    02:54 hs


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Á Deriva


Traga seu "Manual de Afogamento", irei imergir
devorado pela tua boca
que me pronuncia
nós encontraremos um silêncio
Em tuas laminas meu reflexo oblíquo
me move pro fundo e afundo
sem debater
Entro, te releio, inundo-me
em teu vazamento
quando perco o fôlego e
não consigo dizer nada de mim
é minha secura quem pede:
Me afoga,
que minha alma quer respirar!









Ditto Leite para Raiça Bomfim 14/10/2013   4hs da manhã

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

                          

              A ponte por onde atravessam as palavras

                     
 A nossa capacidade de dialogar se dá através de uma forma mágica que nos revela o outro
num lugar onde especialmente as coisas que não são ditas ecoam fortes fazendo reverberar os significados.
 Ali as subjetividades transportam o entendimento numa carruagem que tem os sentidos como estrutura. Boca, nuca, mão... ecoando a energia que o corpo imprime.
 Mas nossos sentidos podem não fazer muito sentido quando por acaso adoecem. Então a palavra dita perde as cores passando a representar um significado só, preso, isolado pela audição doente !

28/08/2013

sábado, 24 de agosto de 2013


                                       Sobre cavalos


" Não estranho a impermanência de meus humores e reações que lhes acompanham,
me admira que em volta os humores sejam quase nunca inalterados, carregando sempre uma felicidade irônica. "

" E por fim, ao entrar em contato com uma historia de "encontros" amor e  dedicação á arte sob a consciência de que através dela, nela, se reconheciam diariamente  amplificou a localização da minha solidão nesta sociedade tal qual a imponência das arquiteturas de cimento e aço que cercam a Avenida Paulista e na medida em que parecem me proteger, nivela meu momento atual aos escombros dos anos que se passaram e faz soar ecos da minha inadequação !

dito leite 24/08/2013

segunda-feira, 8 de julho de 2013

 O AMOR TAMBÉM ENVELHECE?



                                           

quinta-feira, 13 de junho de 2013

CONFLUÊNCIA



Aqui, meio, sem norte                                         
almas se abrigam                                                
num transito imerso na multidão,                 
tão raro se avistam                                                            
pra sujigar a solidão.                             
No caminho, o tempo          
sereno do presente,                                                                                                             
contorna o mundo deles,                                      
tão estreito.                                                
Largo é o feito                                                       
entre o desejo, e                                                                  
desejo não                                                  

Neste lugar, tantas setas
insertas, indiretas
nenhuma confluência.
Palavras não ditas
seguem vans,
apartando-se,
Já não sabe querer nem ficar
procurando noutro um lugar
Entre um breve suspiro,
a distância atroz,
o beijo
esquecido, desejo vão.


 Aqui, meio, sem norte. Neste lugar, tantas setas. Almas se abrigam, insertas, indiretas,  num transito imerso na multidão. Nenhuma confluência e tão raro se avistam. Palavras não ditas pra sujigar a solidão, seguem vans.No caminho, o tempo apartando-se sereno do presente, já não sabe querer nem ficar. Contorna o mundo deles procurando noutro um lugar. Tão estreito entre um breve suspiro, largo é o feito, a distância atroz entre o desejo e o beijo. Desejo não esquecido, desejo vão.                                        
                                                                                                            
                                                                                                              
                                                                                                             



quarta-feira, 8 de maio de 2013

Saudade é como um sino bem pequeno que ao tempo alguma lembrança faz balançar. E fica tinindo um som dentro do peito que desembesta o sujeito num choro ou num suspiro, sempre com vontades daquilo ficar!
Ai ai... se tudo que eu quisesse por perto coubesse no vão onde o sino ecoa...

Apreendendo o tempo e gastaria as horas de um jeito manso sem medo do que pudesse escapar.

08/05/2013

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Do pó vim nú:
fiquei.
A liberdade é um exercício que detona coragem e clareza,
em meu corpo, a energia na qual eu vibro se consolida e
materializada não pode ser para mim uma ameaça.
Minha nudez não me fragiliza, me bota num contato direto e sublime com minha natureza.