terça-feira, 15 de outubro de 2013

O Bote

Naquele momento, aguardar já ultrapassava de, esgarçar o tempo e viraria rompimento.
Então te vi emergir com a aurea umedecida. Corajoso, eu fui com as mãos, descortinando o vapor que o corpo quente reproduzia.
Estávamos a perder de vista conjecturando um dialeto em gestos partiturados sob o silêncio.
Mal veio o passar dos dias e buscando teus segredos descobri a poesia que desenhou nosso enredo.
Pulsei toda escrita, depois, lancei arteiro;
agora se encontra em mar-aberto o coração assustado e sem freio.

Ditto Leite 16/10/2013    02:54 hs


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Á Deriva


Traga seu "Manual de Afogamento", irei imergir
devorado pela tua boca
que me pronuncia
nós encontraremos um silêncio
Em tuas laminas meu reflexo oblíquo
me move pro fundo e afundo
sem debater
Entro, te releio, inundo-me
em teu vazamento
quando perco o fôlego e
não consigo dizer nada de mim
é minha secura quem pede:
Me afoga,
que minha alma quer respirar!









Ditto Leite para Raiça Bomfim 14/10/2013   4hs da manhã