segunda-feira, 5 de novembro de 2012

RITUAIS DE PASSAGEM

Quando o tempo parece estacionar na boca do estômago
e as palavras refugiam-se no céu da boca,
num estado de suspensão
coisas levitam no interno, acumulando oco
e eu peso pro chão
desmedido
quero correr,
quero abrigo
mas é em mim que habita o turbilhão
quando passa brando
e as boas novas levam o medo embora,
me esvazio
a vida volta parecer um lugar
onde consigo fluir e me comunicar
Habitar, e seguir
Quero bailar nas estações com meus rituais de passagem.
Prosseguir digerindo as boas vindas, mesmo quando ainda se encontram escondidas no véu do futuro.
A natureza generosa há de fazer chover sempre e as árvores bem-agradecidas enxovalham o solo com a beleza dos seus frutos. Comemos, disseminamos a semente que fertilizará a prosperidade inerente aos que na vida seguem
se movendo

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