CHICO
Sempre que ele se
mexia o meu corpo se abria
No desejo que
adentrasse e se pusesse a beijar
Minha alma derretia,
visto que deslumbraria
Ter meu corpo assim
entregue, Como quem se deixa amar
Em seus braços me
rendia, revelando sem pudor
Minha pele e o desfecho,
quando se sente o amor
Rasga o tempo vira mágoa,
nos afunda sem saber
Mas bastava olhar pra
mim, fazendo tudo renascer
Não queria que
soubesses, tão profundo como eu sou
Para que também
viesse se entregar ao meu amor
Fecho os olhos, e
espero minha alma se aterrar
Quando o céu da boca dele, meu nome vier
chamar
E tão cedo ele
partia, sem motivo a esclarecer
O meu peito sucumbia,
esperando amanhecer
Outro dia, outra
alegria, de uma nova aparição
Que arrombasse a minha
porta pra mais uma invasão
Nunca era de costume,
que chegasse a avisar
Tão seguro e
sorrateiro vinha sem eu convidar
Mas bastava ele
querer, me punha a disposição
Me entreguei por
tantas vezes, sem qualquer objeção
Na esperança que
soubesse, tão profundo como eu sou
E sem medo, ele
viesse se entregar ao meu amor
E sozinho, ainda
espero, minha alma se aterrar
Quando o céu da boca
dele o meu nome vier chamar
Ditto Leite 20/01/2015 00:50 hrs
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