MEUS MEANDROS
A fuga é presente no ritmo dessa toada
Há os que me digam: Nada!
Mas eu não sei nadar
Finco os olhos no adiante, de qualquer jeito, como quem precisa escapar
Aqui do leito do rio, sinto como é grande existir, desistir!
Ainda bem que sei boiar.
Não temo quem fui contente de quem sou
Joguei-me inteiro
nesse abismo
é incalculável o que sobrou
17/09/2019
MORDI A MAÇÃ
de Ditto Leite - revisado e editado por Romulo Osthues
terça-feira, 17 de setembro de 2019
terça-feira, 6 de agosto de 2019
matutos (a sombra do amor)
quando eu entendi que estávamos "juntos", percebi que não representávamos limites um para o outro. A gente, se expandia um no outro...
meus olhos eram mais um ponto de vista por onde ele passaria a enxergar,
as constatações simples e práticas dele viriam a pontuar minhas reflexões...
Era preciso coragem para se mostrar inteiro, sem insinuações para aqueles olhos que estavam inteiramente interessados em enxergar, reconhecer, ao mesmo tempo em que também se deixava ver.
Passado isso; em nenhum outro lugar era mais seguro para me encontrar se não na presença dele.
É por isso que o amor é uma potencia! Ele transforma tanto a gente com essas praticas de se doar, de receber...O amor cria uma confusão boa, vamos continuar sendo indivíduos mas agora estamos, somos, em dois..
Por isso, depois que ele partiu, eu vivo como quem perdeu uma parte do caminho que me impede de voltar para aquele lugar onde eu me sentia seguro e acolhido...a solidão começou a me assombrar; é como se por onde quer que o sol lançar sua luz, sai criando sombras que levam até ele.
(se voltando para o outro ator) E é assim que eu percebi a força que tem a presença da sua ausência!
06/08/2019
quando eu entendi que estávamos "juntos", percebi que não representávamos limites um para o outro. A gente, se expandia um no outro...
meus olhos eram mais um ponto de vista por onde ele passaria a enxergar,
as constatações simples e práticas dele viriam a pontuar minhas reflexões...
Era preciso coragem para se mostrar inteiro, sem insinuações para aqueles olhos que estavam inteiramente interessados em enxergar, reconhecer, ao mesmo tempo em que também se deixava ver.
Passado isso; em nenhum outro lugar era mais seguro para me encontrar se não na presença dele.
É por isso que o amor é uma potencia! Ele transforma tanto a gente com essas praticas de se doar, de receber...O amor cria uma confusão boa, vamos continuar sendo indivíduos mas agora estamos, somos, em dois..
Por isso, depois que ele partiu, eu vivo como quem perdeu uma parte do caminho que me impede de voltar para aquele lugar onde eu me sentia seguro e acolhido...a solidão começou a me assombrar; é como se por onde quer que o sol lançar sua luz, sai criando sombras que levam até ele.
(se voltando para o outro ator) E é assim que eu percebi a força que tem a presença da sua ausência!
06/08/2019
quinta-feira, 25 de abril de 2019
Amor é quando tudo, em algum momento, faz lembrar alguém.
Ter alguém para amar é um privilégio
que só detém quem tem, em uma das asas, muita coragem, e noutra asa, maturidade
para saber lidar com
uma mente que tem um forte
propósito,
um coração ingênuo e afetuoso,
suspensos por dois pés fora do chão!
E ainda assim,
como um malabarista: mover, tudo isso, realizando a magia de se manter em equilíbrio!
04/04/2019
Ter alguém para amar é um privilégio
que só detém quem tem, em uma das asas, muita coragem, e noutra asa, maturidade
para saber lidar com
uma mente que tem um forte
propósito,
um coração ingênuo e afetuoso,
suspensos por dois pés fora do chão!
E ainda assim,
como um malabarista: mover, tudo isso, realizando a magia de se manter em equilíbrio!
04/04/2019
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
OS QUE ME ATRAVESSAM
Sigo por aqui
Tocando a vida em meus atropelos,
E quando não há o que se fazer
Fico
Á margem do que está antes de mim
Penso nos desenhos
traçados pelos meus rastros
Avisto vocês
Tenho vontade de tombar minha cabeça nos colos de acalento
Não posso refazer nenhuma parte do trajeto
Nem mesmo teria
forças para voltar atrás
Experiências marcam dores, outros arranjos,
amores
Ontem estava mais
perto do passado e
com toda distância,
se não me pereço diminuído, levo a crer
na luz que vêm irradiada dos olhos de vocês
Projetando minha sombra para além de mim
Gigante
Um convite para dançar, manter o movimento
Por onde vou
Carrego um pano
amarrado a um pedaço de pau
Minha bagagem
Levo tudo que tenho
nesse gesto
Sempre adeus
Ascenando meu estandarte
Decifro o sentido para o proximo passo e sinalizo
Consciente que tudo que tenho,
pulsa em qualquer distância,
Dentro de mim!
13/09/2017 Ditto Leite
terça-feira, 26 de maio de 2015
Um Nome
Eu peço por um nome que apague o seu e abrace minha garganta.
Por horas engasgo sozinho velando a paz intermitente.
A voz do silêncio impávida parece sem pressa,
Guarda em segredos o tempo onde resta em memória a palavra derradeira.
Em tudo ressona Miguel.
Até que um dia em silêncio eu perdoe.
Até que o tempo esqueça de lembrar.
Até que os segredos nos traiam e revele onde em meio as mentiras te escondi,
Eu peço por um nome,
Um nome de verdade, dado a alguém que não precisarei inventar.
Por horas engasgo sozinho velando a paz intermitente.
A voz do silêncio impávida parece sem pressa,
Guarda em segredos o tempo onde resta em memória a palavra derradeira.
Em tudo ressona Miguel.
Até que um dia em silêncio eu perdoe.
Até que o tempo esqueça de lembrar.
Até que os segredos nos traiam e revele onde em meio as mentiras te escondi,
Eu peço por um nome,
Um nome de verdade, dado a alguém que não precisarei inventar.
terça-feira, 3 de março de 2015
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
CHICO
Sempre que ele se
mexia o meu corpo se abria
No desejo que
adentrasse e se pusesse a beijar
Minha alma derretia,
visto que deslumbraria
Ter meu corpo assim
entregue, Como quem se deixa amar
Em seus braços me
rendia, revelando sem pudor
Minha pele e o desfecho,
quando se sente o amor
Rasga o tempo vira mágoa,
nos afunda sem saber
Mas bastava olhar pra
mim, fazendo tudo renascer
Não queria que
soubesses, tão profundo como eu sou
Para que também
viesse se entregar ao meu amor
Fecho os olhos, e
espero minha alma se aterrar
Quando o céu da boca dele, meu nome vier
chamar
E tão cedo ele
partia, sem motivo a esclarecer
O meu peito sucumbia,
esperando amanhecer
Outro dia, outra
alegria, de uma nova aparição
Que arrombasse a minha
porta pra mais uma invasão
Nunca era de costume,
que chegasse a avisar
Tão seguro e
sorrateiro vinha sem eu convidar
Mas bastava ele
querer, me punha a disposição
Me entreguei por
tantas vezes, sem qualquer objeção
Na esperança que
soubesse, tão profundo como eu sou
E sem medo, ele
viesse se entregar ao meu amor
E sozinho, ainda
espero, minha alma se aterrar
Quando o céu da boca
dele o meu nome vier chamar
Ditto Leite 20/01/2015 00:50 hrs
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