domingo, 17 de outubro de 2010

Encomenda


Ele bateu à porta
– É o carteiro!

Dissimulou,
leu um poema
que ele mesmo escreveu
Disse que era meu
autografou e me entregou
Ele desapareceu
Passaram semanas
não voltou
Talvez morreu
Talvez se mudou
esqueceu-se, de certo,
das palavras
que deixou

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