domingo, 17 de outubro de 2010

Nuance de um voo meu
Mais tarde, eu sinto pulsar
um movimento intenso no peito
uma inquietação
sem sujeito, sem verbo
somente sinto sem adjetivar
Mas, até quando sinto, sem jeito,
seu colo eu peço pra me deitar,
acomodar meu corpo, acalmar o anseio
que me deixa sem fôlego
e fora do lugar

Vejo seu rastro
feito um covarde, eu tento,
mas não consigo apagar
Agora somos eu, as estrelas, o mar
e milhas, milhas a nos distanciar

Suas opiniões flutuam sem  rumo
deixam as ondas levar
e eu, sem muito jeito,
pra te arrancar do peito, continuo aéreo:
distância elementar
Com o sangue nas veias
seguindo sem freios
a me palpitar

17/03/2009

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