domingo, 17 de outubro de 2010

Mentir com um sorriso no canto da boca

E os meus olhos se encheram de sonhos
E meus pés sentiram o chão se prolongar
E estou só
Mas o sabor das coisas explodem como faíscas na minha frente
Eu quero acordar e sentir o cheiro delas
Meter a boca e deixar meu rosto melado, condenar o meu despojamento

Ser alguém? Ser quem mais?
Só preciso esquecer

Esquecer que um dia fiz, que um dia quis, que um dia deixei de fazer... e renascer
Eu faço como sei, faço como devo, faço como posso
E eu vou...eu vou enlouquecer

Sair fora do tempo
Amar a forma contraditória na deficiência da minha vida
Minha vida que só precisa respirar
E estou aqui, diante do meu faro,
iluminado pelo farol do meu desejo momentâneo
e caminho com os olhos fechados
Confiante, entorpecido
Desafiando o futuro e gozando o aprisionamento que o tempo hoje me consome
Eu estou pra valer
levando meus estandartes com um sorriso agonizante

Eu sou um monte de dentes escancarados e muito fortes
que ponto arrancar a mordidas
qualquer dedo que se atreva  me apontar

Tudo de que eu preciso está aqui
porque eu trago comigo o meu próprio inferno
e paraíso

31/05/09

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