domingo, 17 de outubro de 2010

Memórias
Tenho saudades consideráveis,
sonhos de liberdade, cavalgadas em cavalos selvagens
O silêncio afaga meu ouvido
meu cérebro é lugar desconhecido
onde, por hora, abatem imagens gastas
Divaga meu espírito dentre o passado
e seus vestígios, seu resto, seu lixo
– presente do qual sou merecedor
Rodopiam as imagens e suas distintas saudades
Bendita e plena
Trazem-me as lembranças
que se apoderam do tempo
que afasta meus rastros
distanciando os fatos
encaixotando os retratos
Caio como uma pena
nessa funda vida sedenta
Retalhadas as lembranças,
costuro-as, aqueço-me nelas
Coisas que perco de vista
entranhadas em meu peito
Já não posso vê-las
Como posso esquecê-las?

Nenhum comentário:

Postar um comentário