domingo, 17 de outubro de 2010

Nuance de um voo seu
Seus atos, cotando seu destino
seu caminho irregular com enormes faixas não caminhadas
Já que soube voar inúmeras vezes
e voastes, anjo

Pelos seus pecados
pela sua salvação
condenastes a viver em um mundo construído por ti,
pelos seus anseios e sonhos... tantos, poucos
Condenado pela própria imagem, tão impoluta e contraditória
Ao conhecer seus valores, nenhum
Como o vento, não pertences a ninguém
aos que acaricia ou desnorteia em rompantes vendavais
Livre se vai neste vasto mundo, pequeno pra ti
Ainda te vejo alado em meus sonhos e sinto seu gosto no mais forte veneno, sufocando meus medos e questionamentos existenciais
És meu choro, meu desejo escoado
meu passado, minha surpresa
meu zelo atento, meu colo sedento
minha indignação, minha inspiração

Então, venha e me guia ao próximo dia, ao próximo tempo
Me arrasta, ainda que num único voo, tomado pelo prazer em tuas mãos que me juram a vida desmistificar
Ainda que dela sejamos sujeitos
desmembrar

Nenhum comentário:

Postar um comentário